Aeroporto de Londrina: vereadores cobram obras para pista de taxiamento
26 de setembro de 2025

Matéria publicada pela Câmara Municipal de Londrina
A Frente Parlamentar da Gastronomia e Turismo da Câmara de Londrina realizou, na tarde de sexta-feira (26), uma reunião pública para debater melhorias na infraestrutura do Aeroporto Governador José Richa. O encontro discutiu, principalmente, a necessidade de ampliação da pista principal, a construção de uma nova pista lateral para taxiamento de aeronaves (taxiway) e a modernização dos equipamentos de navegação aérea. A reunião atendeu a um pedido do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV).
A vereadora Paula Vicente (PT), vice-coordenadora da Frente Parlamentar da Gastronomia e Turismo, destacou que há a previsão de instalação, até dezembro, do ILS, equipamento que auxilia nos pousos e decolagens, mas afirmou que é preciso a construção de uma pista de taxiamento, que reduziria tempo das aeronaves em solo e diminuiria o preço das passagens. “Nós temos um grande avanço com o ILS, mas isso não é o suficiente. Nós precisamos de melhorias físicas no aeroporto para que a gente consiga viabilizar o aumento de voos, a diminuição do tempo dos aviões na pista e, com isso, baratear o custo dos voos também. Porque a gente tem visto a diminuição de voos em Londrina e o custo cada vez mais alto, tanto que as pessoas têm preferido ir para o Aeroporto de Maringá”, disse.
O diretor jurídico da SNTPV, Ronny Favaro Wunderlich, seguiu na mesma linha. “Hoje a gente interpreta que há algumas falhas [no Aeroporto de Londrina], como a falta do ILS, que já está com promessa de instalação para o final do ano, e também a questão de um aumento estrutural, que é o aumento de uma via de táxi paralela à pista e uma saída rápida na cabeceira oposta”, afirmou.
No Aeroporto de Londrina, a pista de taxiamento existente, paralela à pista principal, não atende às regras vigentes de aviação e não é mais utilizada, conforme explicou Cláudia Cristine Pedrazani Venâncio, gerente da NAV Brasil - empresa pública federal de serviços de navegação aérea. Segundo ela, o ideal seria construir uma taxiway mais distante da pista principal, podendo atender a dois aviões simultaneamente: um na pista principal e outro na na pista de taxiamento. Desta forma, haveria uma diminuição do tempo de espera para pousos e decolagens, reduzindo os custos dos voos. Cláudia exemplificou que 10 minutos de espera de uma aeronave de grande porte custa em torno de R$ 6 mil reais em combustível.
A deputada federal Lenir de Assis (PT) defendeu que a Prefeitura volte a conversar com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e com a Infraero para deixar claro que o Aeroporto de Londrina precisa da pista de taxiamento para, posteriormente, se definir o responsável pela elaboração do projeto. Em paralelo, ela se comprometeu a buscar verbas públicas para execução da obra. “Penso que a Prefeitura tem uma responsabilidade grande de mostrar para quem de direito, que Londrina quer e precisa da taxiway, precisa de um aeroporto completo e robusto. Assim, faríamos uma agenda com representantes [do governo federal]”, afirmou.
Também participaram Rogério do Amaral Varela, presidente do SNTPV; Carlos Roberto Scalassara, advogado do SNTPV; Rogerio Elias, Assessor Parlamentar do deputado federal Diego Garcia; Hérika Galli, diretora de Turismo do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel); Luciana Estevan Cruz de Oliveira, procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT-PR); Marcos Vinicius de Souza, presidente da Associação Brasileira de EPTAS (Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo); e Fábio Luporini, presidente da Governança de Turismo de Londrina.
O evento foi organizado pela Frente Parlamentar da Gastronomia e Turismo, coordenada pelo vereador Matheus Thum (PP) e composta ainda por Paula Vicente (PT), vice-coordenadora, e pelos vereadores Antônio Amaral (PSD), Chavão (Republicanos), Marcelo Oguido (PL), Prof.ª Flávia Cabral (PP), Giovani Mattos (PSD) e Sídnei Matias (Avante).
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